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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

FERNANDO PESSOA E SEUS HETERÔNIMOS! (clique aqui e leia na íntegra)

Heterónimos

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Álvaro de Campos

Ver artigo principal: Álvaro de Campos

Entre todos os heterónimos, Campos foi o único a manifestar fases poéticas diferentes ao longo de sua obra. Era um engenheiro de educação inglesa e origem portuguesa, mas sempre com a sensação de ser um estrangeiro em qualquer parte do mundo.

Começa sua trajectória como um decadentista (influenciado pelo Simbolismo), mas logo adere ao Futurismo. Após uma série de desilusões com a existência, assume uma veia niilista, expressa naquele que é considerado um dos poemas mais conhecidos e influentes da língua portuguesa, Tabacaria.

Ricardo Reis

Ver artigo principal: Ricardo Reis

O heterónimo Ricardo Reis é descrito como sendo um médico que se definia como latinista e monárquico. De certa maneira, simboliza a herança clássica na literatura ocidental, expressa na simetria, harmonia, um certo bucolismo, com elementos epicuristas e estóicos. O fim inexorável de todos os seres vivos é uma constante em sua obra, clássica, depurada e disciplinada.

Segundo Pessoa, Reis mudou-se para o Brasil em protesto à proclamação da República em Portugal e não se sabe o ano de sua morte.

José Saramago, em O ano da morte de Ricardo Reis continua, numa perspectiva pessoal, o universo deste heterónimo, após a morte de Fernando Pessoa, cujo fantasma estabelece um diálogo com o seu heterónimo, sobrevivente ao criador.

Alberto Caeiro

Ver artigo principal: Alberto Caeiro

Caeiro, por seu lado, nascido em Lisboa teria vivido quase toda a vida como camponês, quase sem estudos formais, teve apenas a instrução primária, mas é considerado o mestre entre os heterônimos (pelo ortônimo, inclusive). Morreram-lhe o pai e a mãe, e ele deixou-se ficar em casa com uma tia-avó, vivendo de modestos rendimentos. Morreu de tuberculose. Também é conhecido como o poeta-filósofo, mas rejeitava este título e pregava uma "não-filosofia". Acreditava que os seres simplesmente são, e nada mais: irritava-se com a metafísica e qualquer tipo de simbologia para a vida.

Dos principais heterônimos de Fernando Pessoa, Caeiro foi o único a não escrever em prosa. Alegava que somente a poesia seria capaz de dar conta da realidade.

Possuía uma linguagem estética direta, concreta e simples, mas ainda assim, bastante complexa do ponto de vista reflexivo. Seu ideário resume-se no verso Há metafísica bastante em não pensar em nada. Sua obra está agrupada na colectânea Poemas Completos de Alberto Caeiro.(...)
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Pessoa

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