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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Ion de Andrade: Ministro-candidato foge da obrigação de decretar emergência nacional e febre amarela pode se alastrar no País


Ion de Andrade: Ministro-candidato foge da obrigação de decretar emergência nacional e febre amarela pode se alastrar no País

20 de janeiro de 2018 às 20h07
A distância interplanetária  entre o cientista e sanitarista Oswaldo Cruz que, no início do século XX venceu  o mosquito Aedes e a  febre amarela e o ministro da Saúde, o engenheiro Ricardo Barros, que pouco se importa com a saúde pública e o SUS. O que ele quer mesmo é jogar a saúde pública nas mãos do mercado. As consequências logo, logo aparecerão. O não enfrentamento devido da febre amarela é apenas o primeiro efeito colateral da gestão Ricardo Barros 

Febre Amarela e Ministro candidato: país acéfalo?
http://www.viomundo.com.br/denuncias/ion-de-andrade-ministro-candidato-foge-da-obrigacao-de-decretar-emergencia-nacional-e-febre-amarela-pode-se-alastrar-no-pais.html

A autoridade sanitária no Brasil é o Ministério da Saúde, não a OMS!
A inclusão pela OMS de todo Estado de São Paulo como área de risco para a Febre Amarela é, do ponto de vista da Saúde Pública, a mais grave derrota nacional de que se tenha notícia.
O Brasil é um desses países onde as condições de saúde, de saída precaríssimas, evoluíram para melhor ao longo de todo o século XX, quando passou a ser tratada como de interesse governamental, influenciada pela bacteriologia de Pasteur trazida até nós por Oswaldo Cruz em fins do século XIX fato que ganhou maior relevo com a Reforma Sanitária e com o SUS.
Diga-se porém, que comparativamente, durante os distantes anos 60 e 70 quando governou a ditadura, a fronteira de doenças como a Malária e a Febre Amarela recuou continuamente.
Então esse fato notório não tem paralelo na história do Brasil desde a bacteriologia de Pasteur.
Por diversas razões o risco de Febre Amarela em São Paulo é, não somente inteiramente inaceitável, como produzirá um prejuízo nacional em múltiplas frentes.

Vacina da febre amarela, baseada na homeopatia e biorressonância




Vacina da febre amarela, baseada na homeopatia e biorressonância com eficácia ainda maior do que a vacina oficial, e o melhor, sem efeitos colaterais.
Qualquer dúvida estamos à disposição.

Dr.Clement Hajian
     

       Tels.:   11-38890273
                   11-55497651
whatsapp:11-95321-1835

http://hojeeumudo.blogspot.com.br/2018/01/vacina-da-febre-amarela-baseada-na.html#.WnCCG6inFHY


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LOU SALOMÉ - Filme sobre ela e etc




*artigo de Juremir Machado da Silva para o jornal Correio do Povo - RS (para ampliar clique em cima da imagem)


Promotores proíbem FGV de medir danos causados pela tragédia de Mariana para Samarco

Promotores proíbem FGV de medir danos causados pela tragédia de Mariana para Samarco

https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2018/01/26/interna_gerais,933744/promotores-proibem-fgv-de-medir-danos-no-rio-doce-para-samarco.shtml

Reportagem do EM já tinha denunciado em novembro do ano passado um conflito de interesses no contrato, em função de a Vale, que é controladora da Samarco, ter suplente para ocupar vaga na instituição


por Mateus Parreiras

postado em 26/01/2018 06:00 / atualizado em 26/01/2018 12:33

A Promotoria das Fundações do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPRJ) não autorizou a contratação da Fundação Getulio Vargas (FGV) pela Samarco para avaliar e mensurar os danos socioeconômicos ao longo da Bacia Hidrográfica do Rio Doce causados pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, em 2015. E, diante do posicionamento contrário do MPRJ, as forças-tarefas do Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público de Minas Gerais (MPE-MG) entenderam que a celebração do contrato deveria ser suspensa até esclarecimento da questão, o que já foi comunicado ao juiz da 12ª Vara Federal de Belo Horizonte. Vários vícios teriam sido encontrados no contrato, que é parte das medidas aditivas ao Termo Transacionado de Ajustamento de Condutas (TTAC) impostas pela força-tarefa Rio Doce, em novembro do ano passado

A força é composta por procuradores da república e promotores de Justiça dos ministérios públicos Federal (MPF) e Estadual (MPE) de Minas Gerais e do Espírito Santo e a escolha da FGV teria sido fruto de mais de 40 reuniões de grupos de estudos. Em 18 de novembro do ano passado, a reportagem do Estado de Minas denunciou um conflito de interesses na contratação da FGV devido à mineradora Vale, que é controladora da Samarco, ao lado da BHP Biliton, ter um suplente à cadeira de curadoria da instituição. E foi justamente com base nessa denúncia que os promotores de Justiça da Promotoria das Fundações negaram a contratação da FGV.

O rompimento é considerado o maior desastre socioambiental brasileiro, que matou 19 pessoas e deixou cerca de 500 mil atingidos entre Minas Gerais e o Espírito Santo, devastando a bacia do Rio Doce e parte do litoral da Região Sudeste.

No ofício, que foi expedido em dezembro último, os quatro promotores de Justiça do Rio de Janeiro afirmam que o procedimento administrativo foi instaurado após “notícia de fato, oriunda a princípio de matéria jornalística”. Os promotores, de início, estranharam a procura pela FGV devido ao relacionamento com a controladora da Samarco. “O próprio Ministério Público (MPF e MPMG) coadunou com as condições da contratação, não vislumbrando qualquer impedimento no fato da Vale constar no Conselho Curador da FGV.” O Conselho de Curadores é o órgão responsável pela orientação geral da entidade, sendo a diretoria a executora dessas deliberações.

Em reunião preliminar com os representantes da FGV, mais indícios de conflitos de interesses que poderiam prejudicar os levantamentos de danos socioambientais em favor dos causadores. Os promotores contaram ter sido informados de que quem validou a contratação da FGV foi justamente do Conselho de Curadores da instituição, onde a Vale conta com um membro. “Fez-se muito mais que simples parecer jurídico ou submissão ao conselho curador (que não tem este tipo de atribuição de autorizar contratações).”

PARTE INTERESSADA
 O fato de a Samarco ter sido arrolada como a única causadora do dano e contratante, também chamou a atenção, uma vez que em todas as peças jurídicas e contratuais a Vale e a BHP Biliton devem aparecer como causadoras por serem controladoras da mineradora. A promotoria afirma ter enviado comunicado à força-tarefa Rio Doce informando “que a empresa Vale é integrante do Conselho de Curadores da Fundação Getulio Vargas e que a celebração do contrato em tela viola o que dispõe o parágrafo primeiro do artigo 43 da Resolução GPGJ.68/79, notadamente diante do evidente interesse econômico da Vale, empresa causadora do dano, na avaliação econômica do mesmo”.

MONÇÕES: REVISTA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA UFGD - CONVOCATORIA - "DOSSIER DERECHOS HUMANOS Y RELACIONES INTERNACIONALES: LOS 70 AÑOS DE LA DECLARACIÓN UNIVERSAL DE LOS DERECHOS HUMANOS"

http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/moncoes/index

http://ojs.ufgd.edu.br

https://www.facebook.com/revistamoncoes/

MONÇÕES: REVISTA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA UFGD A revista eletrônica Monções: Revista de Relações Internacionais da UFGD, de periodicidade semestral, publica, mediante a aprovação de pareceres de especialistas, artigos, resenhas e entrevistas nas áreas de Política Externa, Política Internacional, Integração Regional, Economia Internacional, História das Relações Internacionais, Organizações Internacionais, Segurança Internacional, Direitos Humanos, entre outras temáticas afeitas ao campo das Relações Internacionais. Nascida em 2012, a Monções, qualis B2 na área de Ciência Política e Relações Internacionais e A2 na área Interdisciplinar, está indexada ao Latindex, à Red Iberoamericana de Innovación y Conocimiento Científico, ao Academia e ao Google Acadêmico. ISSN: 2316-8323. NOTÍCIAS CONVOCATORIA - "DOSSIER DERECHOS HUMANOS Y RELACIONES INTERNACIONALES: LOS 70 AÑOS DE LA DECLARACIÓN UNIVERSAL DE LOS DERECHOS HUMANOS"
http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/moncoes/announcement/view/137


El Dossier “Derechos Humanos y Relaciones Internacionales: Los 70 Años de la Declaración Universal de los Derechos Humanos (1948-2018)” celebra los 70 años de la Declaración Universal de los Derechos Humanos (DUDH), extendiendo a la comunidad una invitación a la reflexión sobre las principales transformaciones y nuevos desafíos que rodean la realidad internacional de los derechos humanos.
A este respecto, el Dossier “Derechos Humanos y Relaciones Internacionales: Los 70 Años de la Declaración Universal de los Derechos Humanos (1948-2018)” tiene como objetivos: (1) promover una mayor comprensión del significado y el impacto de la DUDH a la vida de personas en todo el mundo, (2) involucrar diversos actores en el debate en torno a la protección y promoción de los derechos humanos, y (3) reflexionar sobre el estado actual de los derechos humanos, sopesando desafíos y oportunidades actuales.
Para ese propósito, se espera recibir contribuciones de investigadores, activistas y profesionales del área. El Dossier reunirá materiales inéditos que contribuyan de forma original al campo. Así, además de los enfoques tradicionales de las Relaciones Internacionales, el Dossier recibe contribuciones interdisciplinares sobre temas emergentes y que comuniquen con otros campos del conocimiento.
Los textos serán recibidos hasta el 09 de abril de 2018.
El equipo editorial solicita que los autores y autoras, al someter sus textos, no dejen de inscribir en el sistema el título en inglés y el respectivo abstract del artículo.
Organización
Profesor Bruno Boti Bernardi (UFGD)
Profesor Matheus de Carvalho Hernandez (UFGD)
Ângela Pires Terto, PhD (ONU Brasil)
Maria Eduarda Borba Dantas (ONU Brasil)


Juiz da ONU ficou horrorizado com os desembagrinhos


https://www.conversaafiada.com.br/mundo/juiz-da-onu-ficou-horrorizado-com-os-desembagrinhos


Juiz da ONU ficou horrorizado com os desembagrinhos

Moro grampeou Lula, deu à Globo e continuou lá, "julgando"...

Por sugestão de amigo navegante:


Representante da ONU no julgamento ficou horrorizado com o que presenciou!


- “Uma corte de apelação é uma situação em que três juízes escutam os argumentos sobre o processo de um primeiro juiz estar certo ou não. Os juízes hoje falaram cinco horas lendo em um script. Eles tinham a decisão escrita antes de ouvir qualquer argumento”

- “Nunca escutaram, então isso não é uma sessão justa, não é uma consideração apropriada do caso”

- “Estava lá na sala e vi, o promotor-chefe do caso sentado ao lado do relator. Fez seu almoço ao lado dos juízes e, depois, ainda teve conversas particulares com eles. Isso é uma postura totalmente parcial, isso simplesmente não pode acontecer numa corte”

- “Aqui no Brasil vocês têm um juiz que investiga o caso, define grampos e ações de investigação, para depois também julgar a pessoa no tribunal. Isso é considerado inacreditável na Europa. Impossível, pois isso tira o direito mais importante de quem está se defendendo: ter um juiz imparcial no seu caso.” 

- “O juiz Moro atuou com pré-julgamento, pois ele foi o juiz de investigação de Lula. Ele demonizou Lula, contribuiu para filmes e livros que difamaram o ex-presidente e encorajou o público a apoiar sua decisão. Moro jamais poderia se comportar assim na Europa”

- “Depois, divulgou para a imprensa áudios capturados de forma irregular de Lula com a ex-presidente Dilma Rousseff. Pediu desculpas, mas imediatamente deveria ter sido retirado do caso.”

- “Tenho experiência com casos de corrupção e, aqui nesta sessão, não vi evidências de corrupção. Foi uma experiência triste sobre o sistema judiciário brasileiro.”

Geoffrey Robertson
Advogado australiano e britânico e membro da Organização das Nações Unidas



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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Por que falar em defesa da democracia? (por Margarida Lacombe Camargo)


Por que falar em defesa da democracia? (por Margarida Lacombe Camargo)

https://www.sul21.com.br/jornal/por-que-falar-em-defesa-da-democracia-por-margarida-lacombe-camargo/

Margarida Lacombe Camargo (*)
Apostar em uma sentença condenatória com a quantidade de erros e absurdos como a do ex-presidente Lula, conforme já fartamente desqualificada pela crítica dos especialistas, só se explica por uma vontade muito grande de inviabilizar a participação da principal liderança da esquerda do país nas eleições de 2018.  Erros e absurdos que agora podem vir a ser confirmados, em prazo recorde, pelo tribunal de segunda instância.
O processo de criminalização da política, capitaneado pela grande mídia ao, diuturnamente, incutir no cidadão brasileiro que os políticos são corruptos por definição e não por circunstâncias diversas conduz ao total descrédito da via política partidária como arena de discussão e deliberação de questões de interesse público. E isso leva à judicialização da política, ou seja, recorre-se ao Judiciário para que este poder, não eleito, resolva problemas que deveriam decorrer de negociações onde os efeitos pragmáticos preponderam. Uma vez desacreditados os poderes legislativo e executivo, sede da vida política do país, abre-se o flanco para que o judiciário passe a protagonizar a cena política nacional. É o ativismo judicial que ganha espaço e procura creditar legitimidade na esperança já construída no cidadão, de que dias melhores dependem da vestal da moralidade, como passou a ser visto o judiciário nacional.
Mas não são apenas juízes e tribunais que adquirem força. Também os órgãos que colaboram com a atuação da justiça, em especial o Ministério Público, estabelecendo-se toda uma engenharia institucional de colaboração entre o órgão que acusa e aquele que responde à sua provocação, que é o Poder Judiciário. Mas quando os cidadãos concentram suas esperanças unicamente nessas instâncias, é que elas se sentem legitimadas a decidir até mesmo em desacordo com a lei. Estabelece-se, assim, o chamado Estado de Exceção, uma vez que os governantes, ou quem detém o poder decisório, no caso o Judiciário, busca amparo direto em uma opinião pública circunstancialmente construída, desprezando as regras do Estado de Direito. E daí a configuração do arbítrio, considerado, ao menos pelos juristas, como o pior dos males. A abertura para a total insegurança jurídica, tal como estamos experimentando, ao menos em matéria penal, que culmina na pena privativa da liberdade, é algo que faz uma sociedade regredir em anos de conquistas civilizatórias.
Por que, então, falamos em defesa da democracia? Porque estamos às vésperas de uma possível manipulação judicial relativa às eleições gerais de 2018 (desprovida de base jurídica e probatória) para manejar quem entra e quem não entra na disputa.
É nas urnas onde a soberania popular se expressa direta e legitimamente para a escolha dos seus governantes.  Não é o Poder Judiciário que deve decidir sobre os destinos políticos de uma nação. Não foi um poder institucionalmente traçado para esta finalidade e não há, nos limites possíveis do ativismo judicial, legitimidade que dê conta de tamanha pretensão.  Defender a democracia, neste momento é, portanto, berrar contra a decisão do juiz Sérgio Moro e contra a possibilidade de ela ser confirmada por um tribunal com grandes chances de agir corporativamente.
Lutemos para que a política se faça nas urnas e para que o povo tenha o direito de escolher os seus governantes. Subtrair-lhe o direito de eleger aquele que desponta nas pesquisas de popularidade, por meio de artifícios jurídicos já denunciados e, ao que tudo indica, em prol de interesses ideológicos divergentes, é estrangular o povo, retirando-lhe uma de suas principais forças, que é a expressão da soberania popular.
(*) Professora de Direito da UFRJ.



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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A 48 HORAS DE UMA FARSA - por Francisco Costa

A 48 HORAS DE UMA FARSA
Tenho um ídolo, desde a adolescência, quando, através da coleção “Os Pensadores”, da Abril Cultural, tomei contato com a Filosofia, logo me apaixonando pelos gregos, alicerces da cultura ocidental.
Entre os gregos, um em especial provocou aquele click em mim, como se dissesse “é isso”, o resto é bananada com farofa.
Estou falando de Sócrates que, como Jesus, não nos deixou nenhum escrito. Tudo o que sabemos a respeito do que pensava e falou nos chegou por via indireta, principalmente através dos seus discípulos Platão e Xenofonte.
Fui tão socrático na juventude que no ensino médio uma professora brincava comigo, afirmando que eu era a reencarnação do filósofo, mas isso antes do funk, do MBL, pagode, coxinhas e tudo o mais que elevou a educação brasileira a patamares nunca dantes vistos, o que podemos perceber nas redes sociais, a universidade contemporânea, pelos padrões de Platão.
Sócrates era de família muito humilde, filho de um escultor em mármore (na época não considerado artista, mas operário) e de uma parteira.
Foi o criador da Maiêutica, um ramo muito interessante da Filosofia, ao acompanhar a mãe num trabalho de parto (em grego, maiêutica = parteira).
Pensou ele: “minha mãe não é a mãe do bebê que nasceu, nem o bebê, mas sem ela o bebê morreria, e talvez a mãe também. Mamãe entra na história, permite e vinda do bebê ao mundo e sai, deixando que o bebê siga o seu rumo, tenha a sua vida. Este é o trabalho do educador, permitir o parto de idéias novas. Ao educador cabe não impor o que sabe, mas usar o que sabe para provocar as pessoas ao questionamento dos seus próprios saberes, de maneira a se permitirem a idéias novas.”
O compositor Belchior enunciou a Maiêutica, em relação ao sofismo, e o cristianismo, em relação ao judaísmo, de uma maneira muito poética, em uma de suas músicas: “o passado é uma roupa que não nos cabe mais”.
Outro maiêutico era o macaquinho Sócrates, do programa humorístico da Globo, Planeta dos Homens, quando ainda havia inteligência lá: “não precisa explicar, eu só queria entender”.
Este é o princípio da Maiêutica. Coincidência ou não, alguns anos depois entrei em sala de aulas e nunca mais saí, inconscientemente usando a Maiêutica, por oposição ao sofismo, praga que hoje grassa entre nós.
Os sofistas eram elitistas, acreditando que o saber só deveria ser passado aos nobres, aos de bundas cheirosas, que hoje chamamos de burgueses, com a plebe acomodada e feliz em sua santa burrice, repetindo a classe dominante, por absorção de migalhas do saber.
Aos da casa grande os livros, aos das senzalas, os chicotes e conselhos, milimetricamente dosados.
Sócrates dava as suas aulas em praça pública, a quem quisesse, sem cobrar nada (não havia Facebook), e por isso era criticado, ao contrário dos sofistas, que davam aulas em ambientes fechados e cobrando caro.
Sócrates acreditava que ensinar era missão e não profissão, fazendo isso onde quer que estivesse, e de graça.
Embora em suas citações e orações Sócrates usasse a palavra deuses, no plural, por precaução (os gregos eram pagãos e politeístas radicais), foi um precursor do monoteísmo, influenciando o judaísmo e, por consequência histórica, os cristãos e muçulmanos. Valorizava os cultos, maternidade de idéias novas, e pregava a ética nas religiões, apartando-as do dinheiro, mercadoria mundana, tendo um oráculo em casa, já que acreditava não haver intermediação entre o homem e Deus, um deus ecumênico, de todos os homens.
Por tudo isso juntaram-se contra ele os mercenários do comércio (a burguesia da época), os fundamentalistas religiosos (pagãos e politeístas), os sofistas (intelectuais remunerados, a serviço do sistema grego), e a massa ignara, insuflada por mercenários, fundamentalistas religiosos e sofistas, e Sócrates foi condenado à morte, por ingestão de cicuta, um poderoso veneno, acusado de corromper a juventude (400 anos depois, em situação semelhante, incitada pela “burguesia” judaica, os fundamentalistas religiosos (Sinédrio) e os intelectuais cooptados pelo Império Romano, a mesma ignara massa gritou Barrabás, Barrabás, Barrabás... E aí não foi cicuta, mas a cruz, em vã tentativa de acabar com um perigoso revolucionário que corrompeu antigas idéias).
A ele foi oferecida a vida, em troca de renegar os seus ensinamentos, aderindo ao sistema, o que ele negou (Jesus fez exatamente a mesma coisa).
Depois foi-lhe oferecida a fuga, que ele também não aceitou.
Para as duas ofertas, com o filósofo já contando oitenta anos, a sua resposta foi, coerente com a Maiêutica, que não conseguiria viver só do que já sabia, e se o preço de não aceitar isso era a morte, ele preferia aprender uma coisa nova, o que é morrer.
Guardando-se as devidas proporções, claro, lembro Lula, às portas de um tribunal de exceção, como os de Sócrates e Jesus (não estou comparando Lula com Sócrates e Jesus, coxada intelectualmente míope, mas as situações).
Lula também poderia aderir ao sistema, preservando-se, ou buscar o asilo político, já que o mundo todo o tem como perseguido, mas ficou e ficará.
É provável que o único Sócrates de que Lula tenha ouvido falar foi o seu amigo, jogador do Corinthians. É provável que ouvindo a palavra Maiêutica pense ser referência a uma mulher que não foi apresentada a ele, mas, apesar disso, ou talvez por causa disso, foi capaz de fazer o brasileiro pensar coisas novas, perceber que há caminhos novos e diferentes, ao alcance, maieuticamente.
Por isso essa união entre a burguesia endinheirada, o fundamentalismo religioso e o intelectualismo de aluguel insuflando a massa, para que grite Moro, Moro, Moro...
Um dia, gritaram Barrabás, Barrabás, Barrabás... Sem saber que estavam gritando Império Romano, Império Romano, Império Romano... E pagaram caro por isso.
Hoje gritam Moro, Moro, Moro... Sem saber que estão gritando Império norte-americano, Império norte-americano, Império norte-americano...
Sem saber que Sócrates e Jesus ficaram, como possibilidades novas, enquanto os que pediram cicuta e cruz sumiram, descarregados nos esgotos da História.
Francisco Costa
Rio, 22/01/2018.


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Rádio Democracia - construindo uma outra comunicação



Pessoal tudo pronto. Site entrando no ar (www.radiodemocracia.net.br), já chegamos a 80 rádios comunitárias cadastradas para a transmissão em rede. Equipamentos em ordem.
No dia 24 de Janeiro quebraremos o bloqueio da RBS no sul. Lembraremos com muito respeito e resgataremos a Rede da Legalidade de Brizola em 1961 que garantiu a posse de jango e assim faremos pela Democracia em 2018.
Faremos transmissão em rede direto de Porto Alegre no julgamento de Lula. Cobertura ao vivo com 19 correspondentes já cadastrados. Teremos repórteres na chegada das caravanas, nos locais de concentração, informaremos ao vivo as ações repressivas e as possíveis violações de direitos humanos que possa ocorrer. A comunicação será horizontal, garantindo que a manifestação do povo em defesa da democracia seja feita. Todos que quiserem falar terão seu direito garantido. Também faremos a cobertura do contra-ponto, desmentindo se for necessário as informações da mídia golpista. Em tempo real. Se vc quiser acompanhar tudo, teremos aplicativo para você nos ouvir em qualquer lugar do planeta.
Atingiremos com nossas emissoras um público de 10 milhões de Ouvintes. Além de você, que certamente vai acompanhar a nossa cobertura para saber o que se passa do lado de quem a mídia e os correspondentes do grande Capital e dos golpistas não vão querer mostrar. O LADO DO POVO ORGANIZADO.

Radio Democracia - Uma Rádio em defesa da Democracia e contra o golpe. Direto de porto Alegre.
Quando: Dia 24 de janeiro de 2018
Onde: Porto Alegre - RS
Horário: a partir das 5 horas da manhã a meia noite.

Quer ser nosso Correspondente?
Sua Rádio também defende a democracia e quer participar?
Então entre em contato:
Informações pelo fone (19) 996010581 - Com Jerry de Jerry De Oliveira


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