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segunda-feira, 27 de março de 2017

MIÚDA - sobrevivência em arte

MIÚDA é um núcleo, um aglomerado, um concentrado de pessoas, ideias e afetos em fluxo. Ao mesmo tempo é uma plataforma de resistência, uma produtora de estratégias e possibilidades para a sobrevivência em arte.


http://miuda.art.br/

Criada em 2009 no Rio de Janeiro, MIÚDA é um núcleo de pesquisa continuada em artes formado por 15 artistas de diferentes áreas.
MIÚDA tem pesquisas em teatro, dança, circo, performance, cinema e artes visuais.
O que caracteriza os trabalhos desenvolvidos pelo núcleo é a busca por um modo de fazer com conceito e continuado. A metodologia de criação e produção considera o saber prático inseparável do conhecimento teórico. A cada novo projeto, os artistas integrantes aprofundam o conceito de processo colaborativo e organizam-se a partir da noção de hierarquias flutuantes. 
MIÚDA é um núcleo, um aglomerado, um concentrado de pessoas, ideias e afetos em fluxo.
Ao mesmo tempo é uma plataforma de resistência, uma produtora de estratégias e possibilidades para a sobrevivência em arte.


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https://www.instagram.com/miuda4ever/


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Mecanismo de controle social por George Orwell e Aldous Huxley,


https://www.facebook.com/notaterapia/videos/1002643333104190/

Um breve vídeo que explica o mecanismo de controle social como foi imaginado por George Orwell, autor de 1984, e Aldous Huxley, autor de Admirável Mundo Novo! Qual dos mundos se parece mais com o nosso?! :)
Veja 13 ilustrações que questionam a ideia de que estamos "evoluindo": http://notaterapia.com.br/…/32-ilustracoes-que-questionam-…/
Postado por QuatroV - 4V


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Belchior - Conheço o Meu Lugar



https://www.youtube.com/watch?v=TeIiPgCNwj8
 
 
Enviado em 25 de abr de 2009

Belchior - Conheço o Meu Lugar

O que é que pode fazer o homem comum
neste presente instante senão sangrar?
Tentar inaugurar a vida comovida,
inteiramente livre e triunfante?
O que é que eu posso fazer com a minha
juventude - quando a máxima saúde hoje
é pretender usar a voz?
O que é que eu posso fazer - um simples
cantador das coisas do porão? (Deus fez
os cães da rua pra morder vocês que sob a
luz da lua, os tratam como gente - é
claro! - a pontapés.)
Era uma vez um homem e seu tempo...
(Botas de sangue nas roupas de Lorca).
Olho de frente a cara do presente e sei
que vou ouvir a mesma história porca.
Não há motivo para festa: ora esta! Eu
não sei rir a toa!
Fique você com a mente positiva que eu
quero a voz ativa (ela é que é uma boa!)
pois sou uma pessoa.
Esta é minha canoa: eu nela embarco.
Eu sou pessoa!
(A palavra "pessoa" hoje não soa bem -
pouco me importa!)
Não! Você não me impediu de ser feliz!
Nunca jamais bateu a porta em meu nariz!
Ninguém é gente!
Nordeste é uma ficção! Nordeste nunca
houve!
Não! Eu não sou do lugar dos esquecidos!
Não sou da nação dos condenados!
Não sou do sertão dos ofendidos!
Você sabe bem:
Conheço o meu lugar!


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domingo, 19 de março de 2017

#ChegaDeAgrotóxicos - Assine já pela aprovação da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos!


#ChegaDeAgrotóxicos

Não podemos mais engolir tanto agrotóxico.

Assine já pela aprovação da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos!

Em defesa da Vida

O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. Mas já está no Congresso Nacional o Projeto de Lei que institui a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNaRA).
Com sua ajuda e muita pressão, a PNaRA pode se tornar Lei, garantindo a redução dos agrotóxicos no Brasil, mais saúde para a população e um ambiente sadio para se produzir comida de qualidade.
Além disto, sua assinatura também irá ajudar a barrar o Projeto de Lei (PL) 6299/2002, conhecido como “Pacote do Veneno”. Ao liberar ainda mais o uso de agrotóxicos no país, o Pacote do Veneno vai contra a vontade da sociedade brasileira – segundo pesquisa IBOPE, 81% dos brasileiros considera que a quantidade de agrotóxicos aplicada nas lavouras é “alta” ou “muito alta”.

http://www.chegadeagrotoxicos.org.br/


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A República do Paraná prepara-se para destruir outro setor econômico


A República do Paraná prepara-se para destruir outro setor econômico

http://jornalggn.com.br/noticia/a-republica-do-parana-prepara-se-para-destruir-outro-setor-economico#.WMxcltt5Ig8.facebook

Algumas considerações sobre a operação contra a Friboi, BRF e outras: 

1. A ofensiva multinacional brasileira, no período Lula, deu-se em cinco setores principais: empreiteiras, frigoríficos, siderúrgicas, bancos e petróleo, graças ao pré-sal. 

2. A Friboi não era, de fato, flor que se cheire. Mas entram outras, como a BRF, empresas que caminhavam para exercer hegemonia no poderosíssimo mercado de carnes e alimentos. ​ 

3. Corrupção em fiscalização sanitária é segredo de polichinelo, como me lembra um colega jornalista. Era uma arma engatilhada, pronta a ser sacada a qualquer momento contra o setor. 

4. Até agora, a Friboi havia conseguido ampla blindagem na mídia graças à parceria com veículos de comunicação e verbas polpudas de publicidade. 

5. O tamanho e o estardalhaço da operação Carne Fraca dá um tiro no peito do setor. Mais uma vez é conduzida pela Justiça Federal do Paraná e pelo delegado Moscardo Grillo. E com um estardalhaço injustificável. Prisão ou condução coercitiva de 46 pessoas, centenas de policiais envolvidos, o nome das empresas exposto globalmente. E tudo isso para verificar, segundo o Globo, “excesso de água, inobservância da temperatura adequada das câmaras frigoríficas, assinaturas de certificados para exportação fora da sede da empresa e do Ministério da Agricultura, sem checagem in loco, venda de carne imprópria para o consumo humano”. 


 A Lava Jato vai conseguir destruir mais um setor da economia. O BTG Pactual caminha para o mesmo destino, agora alvo de ofensiva da Suíça. Na Petrobras, Pedro Parente prossegue no desmonte de vender ativos na bacia das almas, a pretexto de reduzir o endividamento, ao mesmo tempo em que liquida antecipadamente financiamentos já contratados. É um desmonte amplo do país. 


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Das democracias totalitárias ao Pós-Capitalismo


Das democracias totalitárias ao Pós-Capitalismo

14 de março de 2014
http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/das-democracias-totalitarias-ao-possivel-pos-capitalismo/

David Harvey afirma: nova oligarquia controla riquezas globais. Para superá-la, é preciso compreender que Revolução é processo, não evento
Entrevista a André Antunes, no Blog da Boitempo
Um dos mais influentes pensadores marxistas da atualidade, o geógrafo britânico David Harvey esteve no Brasil em novembro para divulgar o lançamento de seu livro Os limites do capital. Escrita há mais de trinta anos, a obra ganhou sua primeira versão em português, mas, segundo Harvey, isso não significa que tenha ficado ultrapassada – pelo contrário. Pioneiro em sua análise geográfica da dinâmica de acumulação capitalista descrita por Marx, o livro, assim como grande parte da obra de Harvey, tornou-se mais relevante para entender os efeitos da exploração econômica dos espaços urbanos e suas consequências para os trabalhadores, ainda mais numa conjuntura marcada pela eclosão de protestos contra as condições de vida nas cidades, não só no Brasil, mas também na Europa, América do Norte e África. Nesta entrevista, Harvey faz uma análise dos levantes urbanos que ocorrem em todo mundo, aponta que não será possível atender às reivindicações por meio de uma reforma do capitalismo, e defende: é preciso começar a pensar em uma sociedade pós-capitalista.
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Os limites do capital foi escrito há mais de 30 anos. Desde então o capitalismo sofreu mudanças profundas. Qual é a atualidade dessa obra para entender o modelo de acumulação capitalista hoje?
O livro explora a teoria de Marx sobre acumulação de capital para entender as práticas de urbanização ao redor do mundo em vários lugares e momentos históricos diferentes. Minha investigação sobre as ideias de Marx se estenderam para uma análise de coisas como a renda fundiária, preços de propriedades, sistemas de crédito.
Uma coisa curiosa aconteceu: a análise de Marx era sobre o capitalismo praticado no século 19. Na época em que comecei a escrever Os limites do capital, havia muitos aspectos do mundo ao meu redor que não se encaixavam com a descrição de Marx: tínhamos um Estado de Bem-estar Social, os Estados estavam envolvidos na economia de diferentes formas, havia arranjos de seguridade social e movimentos sindicais fortes em muitos países. Mas aí veio a chamada contrarrevolução neoliberal depois dos anos 1970, com Margareth Thatcher, Ronald Reagan, as ditaduras na América Latina, e o capitalismo regrediu para sua forma do século 19. Por exemplo, houve o desmantelamento de muito da rede de seguridade social em boa parte da Europa e América do Norte; o capital se tornou muito mais feroz em sua relação com movimentos trabalhistas; as proteções que vinham de Estados que eram em algum grau influenciados por movimentos políticos de esquerda foram desmanteladas em boa parte do mundo. O que vimos desde os anos 1970 é um aumento da desigualdade social, que é precisamente o que Marx disse que aconteceria caso adotássemos um sistema de livre mercado. Adam Smith postulava que se tivéssemos um livre mercado seria melhor para todos. O que Marx mostra no O Capital é que quanto mais perto de um livre mercado mais provável é que os ricos fiquem cada vez mais ricos e os pobres mais pobres. E essa tem sido a tendência por grande parte do mundo desde os anos 1970 por conta do neoliberalismo.
De uma maneira curiosa, por essa razão, Marx se tornou mais relevante para entender o mundo hoje do que era na época em que escrevi o livro. Ao mesmo tempo, muitas das lutas que vemos ao nosso redor agora são lutas urbanas em vez de lutas baseadas em unidades fabris, de modo que ligar a dinâmica do que Marx descrevia com a dinâmica da urbanização se tornou mais relevante.
E o papel dos centros urbanos na dinâmica de acumulação capitalista, como mudou ao longo desse período?
O capital produz constantemente excedentes, e uma das coisas que aconteceu é que a cidade se tornou um local para a absorção de capital excedente. Muito desse dinheiro foi para construção de estruturas, em alguns casos para a construção de megaprojetos. O capital adora esses megaprojetos, como os envolvidos em Copas do Mundo e Olimpíadas, porque são uma ótima oportunidade para gastar muito dinheiro na construção de novas infraestruturas, o que levanta uma questão interessante: essas novas infraestruturas acrescentam algo à produtividade do país? Se você for para a Grécia, vai ver um país essencialmente falido, com esses estádios vazios ao redor, que foram construídos para um evento que durou algumas semanas. A maioria dos lugares que sediam esses eventos tem problemas financeiros sérios depois mas, no processo, as empreiteiras, construtoras e financiadoras ganham muito dinheiro. Ao longo dos últimos 40 anos, o capital excedente foi cada vez mais canalizado para mercados de ativos, como os direitos de propriedade intelectual, em que você investe no controle de patentes e vive da renda, sem fazer nada. E, da mesma forma, as cidades, as propriedades urbanas, se tornaram ativos muito lucrativos. O que vemos hoje nos mercados imobiliários é que é quase impossível para a maioria da população encontrar um lugar para viver que não absorva mais da metade de sua renda. Esse é um processo mundial: tivemos uma crise na habitação nos Estados Unidos, na qual o mercado de propriedade entrou em colapso. Em Nova York, Los Angeles e São Francisco os preços estão subindo, e vemos o mesmo fenômeno na Europa: tente achar um lugar para morar em Londres, em Paris. Mais e mais dinheiro está sendo extraído das pessoas na forma de aluguel. Isso é interessante, porque há um deslocamento da exploração do trabalho e da produção para explorar as pessoas em termos de extração de aluguel de seu local de moradia. O capital consegue inclusive fazer concessões aos trabalhadores e recapturar esse dinheiro que o trabalhador ganha aumentando o valor do aluguel.

Dívida Pública - Maria Lúcia Fattorelli




https://www.youtube.com/watch?v=6X818Yg0sFg 

http://www.auditoriacidada.org.br/multimidia-gallery/



https://www.youtube.com/watch?v=LSvhLqwBSxc

Publicado em 13 de abr de 2016
Em introdução da palestra proferida no Seminário Dívida Pública,
Desenvolvimento e Soberania, organizado pelo Sindicato dos Engenheiros, e
realizado em Porto Alegre, no dia 30 de março, Maria Lucia Fattorelli
lista as riquezas que o Brasil possui e que contrastam com o atual
cenário de crise financeira, política, moral e ambiental.



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Ingênuo - Pixinguinha



https://www.youtube.com/watch?v=RKRuJpKYEiI

Enviado em 1 de abr de 2010
"Ingênuo", composed by Pixinguinha and Benedito Lacerda, here played by Henrique Cazes, Paulão, Beto Cazes and Chiquinho do Acordeon.

Track list "Um Gênio Brasileiro - Cem anos de Pixinguinha":
01- Cheguei
02- Carinhoso
03- Um a Zero
04- Lamentos
05- Proezas do Solon
06- Benguelê
07- Rosa
08- Vou Vivendo
09- Ingênuo
10- Naquele Tempo
11- O Gato e o Canário
12- Os Oito Batutas

Tracks 1,5,6,8,10 and 11 have the original arrangements by Pixinguinha.


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segunda-feira, 13 de março de 2017

Reciclagem, comidas orgânicas, andar de bicicleta… não é assim que nós salvaremos o planeta

 

Reciclagem, comidas orgânicas, andar de bicicleta… não é assim que nós salvaremos o planeta

https://lavrapalavra.com/2017/03/07/reciclagem-comidas-organicas-andar-de-bicicleta-nao-e-assim-que-nos-salvaremos-o-planeta/

Por Slavoj Žižek, via BlibiObs, traduzido por Daniel Alves Teixeira

Em dezembro de 2016, milhares de cidadãos chineses asfixiados pela poluição atmosférica tiveram que se refugiar no campo na esperança de nele encontrar uma atmosfera mais respirável. Esse “arpocalipse” afetou 500 milhões de pessoas. Nas grandes aglomerações, a vida diária tomou a aparência de um filme pós-apocalíptico: os transeuntes equipados com máscaras de gás circulavam em uma fumaça sinistra que cobria as ruas como uma coberta.

Este contexto fez aparecer claramente a separação de classes: antes que a névoa não chegasse a fechar os aeroportos, somente aqueles que possuíam os meios de comprar um bilhete de avião puderam deixar as cidades. Para isentar as autoridades, os legisladores de Pequim chegaram a classificar a névoa entre as catástrofes meteorológicas, como se fosse um fenômeno natural, e não uma consequência da poluição industrial. Uma nova categoria veio então se juntar a longa lista de refugiados que fogem das guerras, das secas, dos tsunamis, dos terremotos e das crises econômicas: os refugiados da fumaça.
No entanto, o “arpocalipse” não tardou em ser objeto de uma normalização. As autoridades chinesas, obrigadas a darem conta da situação, aplicaram medidas para permitir aos cidadãos que continuassem com sua rotina diária. Eles lhes recomendaram ficar fechados em casa e não saírem senão em caso de necessidade, munidos de uma máscara de gás. O fechamento das escolas fez a alegria das crianças. Uma escapada para o campo se tornou um luxo e Pequim viu prosperar as agências de viagem especializadas nessas pequenas excursões. O essencial era não entrar em pânico, agir como se nada tivesse acontecido.
Uma reação compreensível, se consideramos que “quando somos confrontados com alguma coisa tão completamente estranho a nossa experiência coletiva, nós não realmente a vemos, mesmo que a prova seja esmagadora. Para nós, essa “alguma coisa” é um bombardeio de imensas alterações biológicas e físicas do mundo que nos alimentou”. Nós níveis geológicos e biológicos, o ensaísta Ed Ayres enumera quatro “picos” (desenvolvimento acelerados) aproximando assintoticamente o ponto além do qual se desencadeará uma mudança qualitativa: crescimento demográfico, o consumo de recursos limitados, emissão de gases carbônicos, extinção em massa das espécies.
Diante dessas ameaças, a ideologia dominante mobiliza mecanismos de dissimulação e cegueira: “Entre as sociedades humanas ameaçadas prevalece um padrão geral de comportamento, uma tendência a fechar os olhos ao invés de se concentrar na crise, algo um tanto vão.” Esta atitude é aquela que separa o saber e a crença: nós sabemos que a catástrofe (ecológica) é possível, mesmo provável, mas nós nos recusamos a acreditar que ela vai acontecer.
Quanto o impossível se torna normal
Lembre-se do sítio de Saravejo no início dos anos 1990: que uma cidade europeia “normal” de cerca de 500.000 habitantes se encontrasse cercada, esfomeada, bombardeada e aterrorizada por atiradores de elite durante três anos teria parecido inimaginável antes de 1992. Em um primeiro momento, os habitantes de Saravejo acreditaram que essa situação não duraria. Eles pensavam em enviar seus filhos para um lugar seguro durante uma ou duas semanas, até que as coisas se apaziguassem. Todavia, muito rapidamente, o estado de sítio se normalizou.
Essa mesma alternância do impossível ao normal (com um breve interlúdio de choque e pânico) é evidente na reação do establishment liberal americano em face da vitória de Trump. Ela se manifesta igualmente na forma como os Estados e o grande capital enxergam as ameaças ecológicas tais como o derretimento da calota glacial.  Os políticos e gestores que, ainda recentemente, excluíam a ameaça de aquecimento global como um complô crypto-comunista ou, ao menos, como um prognóstico alarmista e infundado, nos asseguram que não há qualquer razão para pânico, considerando agora o aquecimento global como um fato estabelecido, como um elemento normal.

Violência psicológica é a forma mais subjetiva de agressão contra a mulher

Violência psicológica é a forma mais subjetiva de agressão contra a mulher

 Por Resiliência Humana

www.resilienciamag.com/httpwww-brasilpost-com-br20141125violencia-psicologica_n_6214298-html/

 Diferente do que se imagina, não é preciso ser agredida fisicamente para estar em uma relação violenta. Algumas palavras e atitudes podem ferir a autoestima de uma mulher tanto quanto. E isso tem nome: violência psicológica. Esta é a forma mais subjetiva e, por isso, difícil de identificar.
Para romper esse silêncio, desde 1981 o movimento feminista comemora em 25 de novembro, o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgados na última semana, uma em cada três mulheres é vítima de violência no mundo. E esta violência, de tão latente, chega a ser classificada entre: física, sexual, moral e psicológica.
Por ser subjetiva e, por isso, de difícil identificação, a violência psicológica, na maioria dos casos, é negligenciada até por quem sofre – por não conseguir perceber que ela vem mascarada pelo ciúmes, controle, humilhações, ironias e ofensas.

Segundo definição da OMS ela é entendida como:

Qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.
“Em uma briga de casal, o agressor normalmente usa essa tática para fazer com que a parceira se sinta acuada e insegura, sem chance de reagir. Não existe respeito”, explica Maria Luiza Bustamante, chefe do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro ao GNT.

Esse tipo de violência normalmente precede a agressão física que, uma vez praticada e tolerada, pode se tornar constante. Na maioria das vezes, o receio de assumir que o casamento ou o namoro não está funcionando ainda é um motivo que leva mulheres a se submeter à violência – entre todos os tipos e não apenas a psicológica.

Como identificar?

Dificilmente a vítima procura ajuda externa nos casos de violência psicológica. A mulher tende a aceitar e justificar as atitudes do agressor, protelando a exposição de suas angústias até que uma situação de violência física, muitas vezes grave, ocorra.

A violência psicológica acontece quando ele…

1. Quer determinar o jeito como ela se veste, pensa, come ou se expressa.
2. Critica qualquer coisa que ela faça; tudo passa a ser ruim ou errado.
3. Desqualifica as relações afetivas dela: ou seja, amigos ou família “não prestam”.
4. A xinga de “vadia”, “imprestável”, “retardada”, “vagabunda”…
5. A expõe a situações humilhantes em público.
6. Critica o corpo dela de forma ofensiva, e considera como uma “brincadeira”.
…entre outras formas de violência que são subjetivas e que, muitas vezes, passam despercebidas no dia a dia.


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Bruno Latour: “O objetivo da ciência não é produzir verdade indiscutíveis, mas discutíveis”


Bruno Latour: “O objetivo da ciência não é produzir verdade indiscutíveis, mas discutíveis”

Postado em Publicado em Cultura
 
http://www.correiodopovo.com.br/blogs/dialogos/2017/03/1005/bruno-latour-o-objetivo-da-ciencia-nao-e-produzir-verdade-indiscutiveis-mas-discutiveisblb/

Crédito: Ana Cláudio Rodrigues / Divulgação / CP
Considerado um dos principais nomes do pensamento francês atual, especialista em tecnologia e em filosofia da ciência, professor no mais do que prestigioso Instituto de Ciências Políticas de Paris, conhecido como “Sciences Po”, professor convidado permanente na Universidade Harvard, Bruno Latour (1947) tornou-se famoso pelo desenvolvimento da teoria ator-rede (TAR), segundo a qual atores humanos e não humanos interagem e se influenciam reciprocamente, e por teses contundentes como a expressa no ensaio “Jamais fomos modernos”. A modernidade, no entender dele, apesar de sua ambiguidade, pressupunha uma separação entre humano e não-humano, sujeito e objeto, política e ciência. Latour nos recebe no MédiaLab, seu laboratório de pesquisa no antigo prédio da Escola Nacional de Administração (ENA), em Saint-Germain-des-Prés, onde funciona o ISP. Depois de terminar uma entrevista sobre eleições na França para a revista de esquerda Nouvel Obs, eles nos levou para um típico café parisiense onde se entregou com fervor ao jogo de entrevistado. Com uma agenda brutal, ele só marca palestras com um ano de antecedência. O leitor do Caderno de Sábado vai embarcar numa viagem de ideias. 
Correio do Povo: O senhor trabalhou bastante com filosofia da ciência. Existe ainda hoje, de parte do grande público, uma concepção ingênua do que seja verdade científica? Por outro lado, pode existir uma ortodoxia científica fechada a novos métodos e ideias como dizia o físico Paul Feyerabend no seu livro famoso “Contra o Método”? Bruno Latour : As coisas mudaram bastante desde os tempos de Paul Feyerabend, que eu li. As pessoas já não esperam das ciências verdades definitivas. Passamos da confiança total à dúvida absoluta. É pena, pois as ciências são meios de produção de verdade no mundo. É preciso não ser ingênuo nos dois sentidos e ter confiança nas instituições respeitando a fragilidade científica. Há resultados certos e seguros. As ciências são muito mais poderosas do que dizem os seus críticos e muito mais frágeis do que pensam os ingênuos.

depois daquele dia




depois daquele dia

há dias que ficam para sempre
não sei se o que aconteceu foi uma epifania 
só sei que depois daquele dia (1979, ou por ai)
eu mudei, ou eu tive que mudar
nem posso tentar descrever o que houve
porque não há palavras para descrever

talvez por causa daquele dia
eu passei a entender muito mais Paulo Freire
ou eu tenha passado a entender tudo melhor

por causa daquele dia
hoje vejo bem as saídas pelas tangentes
dos homens e de todos
os homens custam a dizer que enxergam certas coisas
então, preferem sair pelas tangentes
é compreensível...
mas não perdoável e é de dar dó

a maioria das mulheres concorda
com as saídas pelas tangentes dos homens
elas sabem bem que a opressão
não atinge só a elas
tem  intelectuais que preferem o outro livro de Paulo Freire
e deixam um pouco pra lá o que fala sobre oprimidos
mas não dá pra fingir que a fase da opressão passou