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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

TAKING OFF - MILOS FORMAN - 1971



*para ver o trecho acessar :
https://www.facebook.com/joaocarlos.rodrigues.18/videos/815265751846091/

*ou ver aqui, a seguir (postagem atualizada em 04 10 2015)





Quando os soviéticos invadiram a Checoslováquia em 1968 e acabaram com a Primavera de Praga, Milos Forman já tinha dirigido três longas, sendo o cineasta mais interessante da nouvelle vague local. Vendo que a maré não estava mais para peixe, ele emigrou, indo parar em Nova York. Aí dirigiu em 1971 este pequeno filme, “Taking off/Procura insaciável”, Prêmio do Júri em Cannes. Uma divertida comédia de costumes que merece ser melhor conhecida.
Resumindo para situar a cena. Casal da alta burguesia de NY entra em crise quando a filha adolescente passa a sair sem avisar e sem hora para voltar. A garota de 16 anos está na dela, em plena revolução de costumes, mas os pais não. Vão parar numa Associação de Pais de Filhos Desaparecidos, ou coisa que o valha. Lá o lema é tentar compreender os filhos, tendo as mesmas experiências que eles.
Aqui vemos uma aula de fumar maconha, comandada pelo ator Vincent Schiavelli. É uma ótima sequência, deliciosa. Alta comédia. E também ousada, pois foi feita 43 anos atrás, quando a classe média ainda “descobria” a cannabis sativa. Por isso o filme teve exibição limitada nos Estados Unidos e fracassou na bilheteria.
Forman foi então para Hollywood, iniciou nova carreira, venceu na vida e do resto sabemos nós. Mas, palavra de cinéfilo, prefiro esta primeira fase: os filmes checos e este “Taking off”. Possuem uma leveza que não encontro mais nos posteriores.
Divirtam-se.
E cuidado com a erva maldita, quá quá quá quá.
Dizem que apaga a memória e cresce seios enormes até nos machões... 


 https://pt.wikipedia.org/wiki/Milo%C5%A1_Forman

Taking Off

Taking Off (no Brasil, Procura Insaciável ) é um filme de Milos Forman de 1971. O primeiro filme do cineasta a ser rodado nos Estados Unidos, venceu o Prêmio Especial do Júri do Festival de Cannes de 1971. Em meio ao surgimento do movimento Hippie nos Estados Unidos, uma adolescente foge de casa. Na busca pela filha, seus pais passam pelas mais variadas experiências.

GoPro

*via amigo César Muñoz Jiménez

https://www.youtube.com/watch?v=3wbvpOIIBQA&feature=player_embedded







 
Publicado em 30 de set de 2013
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Narcos não é apenas sobre narcotráfico

http://cultura.estadao.com.br/blogs/marcelo-rubens-paiva/serie-narco-nao-e-apenas-sobre-narcotrafico/#

Narcos não é apenas sobre narcotráfico


Marcelo Rubens Paiva

31 agosto 2015 | 12:16 


 
A série NARCOS da Netflix [em parceria com a Gaumont] estreou quinta-feira.
Teve gente que ficou grudada.
E teve aquele que precisou se controlar, para não ver os dez capítulos de uma tacada e perder a pizza com a família. Como eu.
Escrita por um timaço liderado por Chris Brancato, é sensacional. Gruda.
Talvez seja a melhor série brasileira já feita [que não é brasileira].
Wagner Moura pode começar a fazer planos e mudar seu endereço, já que entrou de vez para o mainstream dos grandes atores do cinema e da TV.
O diretor geral, JOSÉ PADILHA, utiliza a técnica narrativa de CIDADE DE DEUS e TROPA DE ELITE, da escola SCORSESE de cinema [GOODFELLAS, CASINO], que embaralha didatismo com a ação dramática, sempre com um OFF coloquial.
E fala de História num contexto maior que o aparente.
Não é apenas sobre PABLO ESCOBAR e a guerra do tráfico.
Fala dos decisivos anos 1980, em que se viu a Queda do Muro, o colapso da luta revolucionária, a onda de moralização da era Reagan e a absurda associação entre grupos de esquerda [Sandinistas, Farc], separatistas [ETA] e o tráfico de cocaína.
Quem viveu naquele período se lembra.
Saíamos dos deslumbrantes anos 1970. Podia-se fumar maconha livremente em parques americanos.
O DEA corria atrás de pequenos traficantes hippies que usam chinelos para apreender uma pacoteira de maconha. Cocaína era cara, proveniente do Peru e Bolívia.
A CIA e o FBI tinham a prioridade [e a obsessão] de combater o comunismo.
Viu a pauta do narcotráfico entrar na agenda, quando se descobriu que atentados na Colômbia eram patrocinados pelo Cartel de Medellin, que o novo governo sandinista revolucionário da Nicarágua e o ditador do Panamá, Manuel Noriega, cediam pistas de pouso e o espaço aéreo para o tráfico, em troca de grana e armas.
O Cartel contratou químicos alemães, encontrou a camuflagem da selva e de um governo corrupto para montar um processo de refinaria e de distribuição de proporções industriais, que levou seu faturamento a níveis de montadoras de carros.
Até enfim os americanos se mobilizarem.
No Brasil, a cocaína barata invadiu os morros, atraiu facções criminosas e trouxe uma violência urbana que mais lembra uma guerra civil.
Nancy Reagan com o marido elegeu a droga o inimigo 1 da América.
A AIDS, que passava de seringa em seringa, alimentou o pânico que a opinião pública precisava para a nova onda conservadora americana.
O fim das ilusões utópicas do marxismo e de uma sociedade justa alimentou a febre individualista do yuppismo narcisista fútil e consumista.
PADILHA conta tudo isso e mais.
Lamenta um Continente absorvido pela corrupção e envolto numa guerra sem fim.
A grande ironia: Pablo sonhava em libertar a Colômbia como Simon Bolívar.
Ganha a sua espada. Entra para a política. É expulso pela elite política. E se vinga.
Popular, encontra num Estado ausente a chance de formar seu próprio estado, com exército próprio e um PIB suficiente para pagar a dívida externa da Colômbia, o que chega a oferecer.
Tinha um projeto de Nação.
Não era apenas um bandido, mas um patriota psicopata.
Mais do que muitos que governavam países ao seu redor.

COMPARATO EM DEFESA DO POVO BRASILEIRO

*via Homero Mattos Jr, através de sua página "Passalidades Atuais",  Facebook
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2015/08/27/comparato-em-defesa-do-povo-brasileiro/


 Publicado em 27/08/2015

Comparato em
defesa do povo brasileiro

O Brasil continua a ser um dos países de maior desigualdade social do mundo.


 O Conversa Afiada publica documento do Professor Emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, Fábio Konder Comparato para um “Movimento em Defesa do Povo Brasileiro”, que se cria com a colaboração da Deputada Luiza Erundina.

Ela convocou uma reunião na Câmara há duas semanas com trinta deputados, na qual o professor Comparato apresentou as reflexões que se seguem.


EM DEFESA DO POVO BRASILEIRO



Fábio Konder Comparato


A situação de nítida morbidez em que se encontra atualmente o nosso país deve ser analisada segundo os parâmetros estabelecidos por Hipócrates para o tratamento de todas as doenças. Não podemos, com efeito, cuidar simplesmente dos sintomas, sem antes procurar eliminar suas causas, ou seja, a fonte primária da moléstia.

Empregamos todo tempo a palavra crise para caracterizar o lamentável estado de nossa política e de nossa economia no presente. Ora, justamente, no tratado Dos Ares, das Águas e dos Lugares, o Pai da Medicina denominou krisis, palavra que na língua helênica significa julgamento, o momento preciso em que é possível discernir a doença e desvendar a sorte do doente. É nesse momento que o olhar crítico do médico observa uma mudança súbita no estado do paciente, para o bem ou para o mal; o instante em que se declaram nitidamente os sintomas da moléstia, permitindo o diagnóstico e o prognóstico.

Lamento dizer que, em minha modesta opinião, a crise atual, que não afeta aliás apenas o Brasil, mas o mundo inteiro, aponta, infelizmente para a probabilidade cada vez mais forte de um desfecho sombrio.

Examinemos, pois, antes de mais nada, segundo a lição de Hipócrates, a verdadeira causa da moléstia.

A Oligarquia Brasileira

Uma esquizofrenia política

A nenhum observador atento escapa o fato de que a organização do Estado Brasileiro apresenta um caráter nitidamente esquizofrênico, com a dissociação permanente entre aparência e realidade.

A Constituição Federal em vigor abre-se com a declaração solene de que “a República Federativa do Brasil [...] constitui-se em Estado Democrático de Direito”. Na crua realidade política, porém, nenhum dos três princípios fundamentais aí enunciados vigora na prática.

A Constituição Federal de 1988 declara que constitui objetivo fundamental do Estado Brasileiro “construir uma sociedade livre, justa e solidária”, com a promoção do bem de todos, sem discriminação de qualquer espécie (art. 3º). Acontece que a realização desse objetivo esbarra no espírito de individualismo privatista, que desde sempre representou um obstáculo insuperável à realização do bem comum do povo brasileiro; ou seja, aquilo que na Roma clássica denominava-se justamente res publica. Não me canso de relembrar a advertência formulada por Frei Vicente do Salvador, em sua obra clássica,2 editada em 1627: “Nem um homem nesta terra é repúblico, nem zela e trata do bem comum, senão do bem particular”.

Nosso país não é tampouco uma Democracia autêntica, porque o povo brasileiro nunca dispôs de poder, não se podendo olvidar que a etimologia grega do vocábulo é exatamente a de poder popular (demos, povo; kratos, poder).

Desde 1934, vimos declarando, em todas as Constituições, que “todo poder emana do povo” (Constituição Federal de 1988, art. 1º, parágrafo único). Mas a única prerrogativa política efetiva do nosso conjunto de cidadãos é de eleger representantes no Executivo e no Legislativo; sendo que tais eleições (ou escolhas) são feitas, como ninguém ignora, sob forte influência do poder econômico privado e dos políticos profissionais.

Em seu art. 14, a mesma Constituição declara, como formas de exercício da soberania do povo, o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular. Mas no art. 49, inciso XV, ela mesma estabelece que “é da competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar referendo e convocar plebiscito”. Ou seja, nessa curiosa forma de mandato político, o povo mandante só tem o direito de se manifestar diretamente, quando seus mandatários lhe derem permissão para tanto… Quanto à iniciativa popular, só admitida em matéria legislativa, e não de emendas constitucionais, ela se tornou impraticável, em razão da exigência absurdamente criada pela Câmara dos Deputados de conferência de todas as assinaturas do 1% do eleitorado, estabelecido na Constituição (um milhão e meio de eleitores atualmente!).

Ainda no campo da Democracia, o Brasil é um dos países em que a Constituição e suas emendas – ápice do ordenamento jurídico – são votadas unicamente pelo órgão legislativo, sem a menor participação do povo.

Finalmente, em matéria de Estado de Direito, ou seja, de controle institucional de poderes em todos os níveis, continuamos deixando muito a desejar. Basta dizer, a esse respeito, que os Ministros do Supremo Tribunal Federal, no exercício de suas elevadas funções, não estão praticamente sujeitos a controle algum, podendo impunemente deixar de cumprir, não só a Constituição (da qual aquela Corte é declarada guardiã precípua pelo seu art. 102) e as leis, como até mesmo as próprias normas do Regimento Interno da Corte, por eles aprovadas. O Supremo Tribunal Federal é o único órgão do Judiciário não sujeito ao controle do Conselho Nacional de Justiça.



Causa da moléstia esquizofrênica

Em toda organização política, os principais fatores estruturantes sempre foram a relação de poder e a mentalidade coletiva, isto é, o conjunto de valores e costumes enraizados no seio do povo. Durante milênios, até o dealbar da idade moderna, ambos esses fatores foram estritamente moldados pela fé religiosa. Com o advento, porém, da sociedade massas, no final do século XIX, iniciou-se uma fase verdadeiramente revolucionária, na qual a mentalidade coletiva passou a ser formada pelo sistema de poder político, de caráter não religioso na maior parte do mundo.  

Ao se consolidar mundialmente a civilização capitalista em fins do século passado, a relação íntima entre esses dois fatores estruturantes da organização política foi radicalmente alterada. Desde então, foi o poder político que passou a plasmar a mentalidade coletiva, utilizando-se, para tanto, do controle dos meios de comunicação de massa, exercido atualmente, na quase totalidade dos países do globo, por oligopólios empresariais.

Pois bem, entre nós, desde os primórdios da colonização portuguesa, o poder político efetivo – diferentemente do poder oficial – tem sido exercido, sem descontinuar, por dois grupos associados: os potentados econômicos privados e os grandes agentes estatais. Nossa oligarquia sempre teve, assim, um caráter binário: quem manda, em última instância, não é apenas a burguesia empresarial, como pretendeu a análise marxista, nem unicamente o estamento burocrático estatal, como sustentaram os seguidores de Max Weber, a exemplo de Raymundo Faoro3. O poder supremo pertence a ambos. É esta, aliás, a principal causa da corrupção endêmica que vigora no Brasil no plano estatal.

Essa oligarquia binária não é, na verdade, uma originalidade brasileira, mas sim um traço essencial do sistema capitalista. Como salientou Fernand Braudel, que lecionou na Universidade de São Paulo logo após a sua fundação, o capitalismo só triunfa quando se une ao Estado, quando é o Estado.4

No curso de nossa História, tivemos uma sucessão de potentados econômicos privados, aliados aos agentes do Estado; a começar pelos senhores de engenho no século XVI, passando pelos traficantes de escravos, os grandes fazendeiros, os industriais, até chegar aos atuais controladores das grandes instituições financeiras.

Verificamos, por aí, como o nosso país sempre acompanhou a evolução do sistema capitalista. Surgimos na História, graças à expansão mundial do capitalismo mercantil europeu, na passagem do século XV ao século XVI. Entramos tardiamente na fase do capitalismo industrial, após a Grande Depressão de 1929. Vemo-nos, hoje, inteiramente mergulhados no capitalismo financeiro, cuja dominação é mundial.

Vale a pena salientar esse ponto, pois ele explica a natureza e as perspectivas de solução da atual crise política e econômica brasileira, como reflexo da crise mundial.

Em obra recente,5 o grande economista francês, François Morin, salientou que, atualmente, um conglomerado de 28 bancos internacionais, detém o controle mundial dos mercados de câmbio, de juros e de capitais; mercados esses de tal forma interligados, que a derrocada de um deles provoca o imediato colapso de todos os outros. Um conglomerado dessa ordem, além de não se submeter a nenhum Estado no plano internacional, exerce uma influência preponderante sobre o poder interno de todos eles.

Ressalte-se que 14 dos bancos integrantes desse oligopólio internacional produzem os chamados “produtos derivados tóxicos”; isto é, os valores mobiliários oriundos da superposição de papéis financeiros de pouco lastro, cuja súbita desvalorização desencadeou, como sabido, a crise de 2008, da qual o mundo ainda não se livrou. O montante atualmente em negociação desses falsos valores mobiliários atinge a soma astronômica de 710 trilhões de dólares, ou seja, o equivalente a dez vezes o Produto Bruto mundial.

No Brasil de hoje, os cinco maiores bancos (Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Santander) controlam 86% do total dos ativos financeiros; quando em 1995 o montante desses ativos por eles controlados era de 56%. No segundo trimestre de 2015, enquanto o Produto Nacional Bruto entrava em recessão, o lucro líquido contábil dos três maiores bancos privados – Itaú, Bradesco e Santander – crescia 22%.

Desde o término da Segunda Guerra Mundial até o início dos anos 80 do século passado, o Brasil foi um dos países de maior crescimento econômico do mundo. E isto se deveu ao dinamismo industrial, fortemente impulsionado pelo Estado, durante a era Vargas e sob o governo de Juscelino Kubitschek.

A partir do último quartel do século XX, no entanto, a dominação mundial crescente do capitalismo financeiro, associada à difusão igualmente global do neoliberalismo econômico, que procurou limitar, senão suprimir, toda interferência estatal na economia, provocou uma mudança radical nesse quadro econômico. A indústria brasileira iniciou um processo de debilitação, que persiste até hoje. Para se ter uma ideia aproximada disso, basta dizer que enquanto em 1984 a participação da indústria no PIB de nosso país era de 35,84%, ela é hoje de menos da metade: 13%.

Como sabido, a partir da Revolução Industrial em meados do século XVIII, a riqueza mundial cresceu em ritmo e intensidade jamais vistos na História. Esse crescimento, porém, recuou nitidamente e tende hoje a ser sucedido pela geral estagnação, justamente devido à implantação mundial do capitalismo financeiro. E a razão é óbvia: a essência da atividade industrial é a produção de bens ou a prestação empresarial de serviços, a qual gera o aumento constante da riqueza material. Já a atividade financeira não produz nenhuma riqueza material de base, mas limita-se a criar valores econômicos artificiais, por meio da especulação, ou, na mais favorável das hipóteses, a auxiliar a atividade industrial ou o comércio de bens, pelo serviço de crédito. Ora, exatamente pelo fato de a indústria e o comércio terem se enfraquecido globalmente nas últimas décadas, os bancos – privados ou estatais – passaram a concentrar suas atividades nos negócios puramente especulativos, cujo risco de súbito colapso é enorme.

Como se vê, a celebrada eficiência do sistema capitalista na produção de riqueza vê-se hoje totalmente desmentida. Com isso, a fantástica desigualdade social, por ele criada no mundo inteiro, já não tem a menor condição de ser reduzida, menos ainda eliminada. No início da Revolução Industrial, estimou-se que entre o povo mais rico e o mais pobre do planeta a diferença em termos econômicos era de 2 para 1; atualmente, ela é estimada em 80 para 1! Levando-se em conta o crescimento inexorável da população mundial, não acompanhada de uma correspondente produção de alimentos, não é difícil visualizar o prognóstico sombrio de Malthus, feito no final do século XVIII. E as vítimas serão, como sempre, as camadas mais pobres do mundo todo.

O Brasil, aliás, como ninguém ignora, continua a ser um dos países de maior desigualdade social do mundo, e de maior benefício fiscal para a classe abastada. Segundo dados extraídos da Receita Federal, 30% da riqueza hoje tributada em nosso país estão nas mãos de 0,8% dos contribuintes do imposto de renda. Ora, por efeito da isenção fiscal de pagamento desse imposto ao receberam lucros e dividendos de sociedades, calculou-se em 2013 que quase 200 bilhões de reais foram recebidos pelos contribuintes mais ricos sem pagar um centavo ao Fisco. Em suma, neste país os pobres são muito mais tributados que os ricos.

Ora, para agravar essa situação de escandalosa injustiça, o Estado Brasileiro tem-se revelado radicalmente incapaz de levantar o nível socioeconômico da enorme maioria pobre, mediante adequadas políticas de educação e saúde.

Segundo relatório internacional da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado em maio de 2015, o nosso país ocupa a 60ª posição em matéria de educação, num conjunto de 78 países. O número de nossos analfabetos funcionais é de 27% da população.

Quanto ao nível percentual dos gastos públicos com o serviço fundamental de saúde, em relação ao total da despesa pública, ele é o mais baixo da América Latina: 6,93%, contra 31,76% na Argentina. Pois bem, para cúmulo do absurdo, o governo federal no final do primeiro semestre de 2015, operou cortes de um bilhão de reais no orçamento da educação e mais de um bilhão no orçamento da saúde.

Ora, essa situação de profunda e permanente desigualdade social representa um grave obstáculo à instauração de uma verdadeira democracia em nosso país. É que no regime democrático, diversamente das autocracias ou oligarquias, o poder político não é concentrado, mas difuso por todo o povo. A democracia, por conseguinte, para poder funcionar, pressupõe um nível mínimo de igualdade socioeconômica entre os cidadãos, sem a qual não se estabelece uma comunhão de propósitos e atitudes no seio do povo, ou seja, uma mentalidade coletiva coerente. Foi por isso, como assinalou Aristóteles, que o regime democrático funda-se na existência de uma robusta classe média.

No Brasil, além da tradicional debilidade dessa classe, a mentalidade social foi profundamente marcada por quase quatro séculos de escravidão legal, gerando a difusa convicção de que, ao contrário do que proclama a Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948, os seres humanos são naturalmente desiguais, em dignidade e direitos.

Com a análise deste triste quadro, não podemos deixar de concluir que o regime oligárquico, desde sempre em vigor entre nós, revela-se totalmente incapaz de enfrentar o grave estado mórbido que tomou conta do país.


Como Evitar a Letalidade da Moléstia?

Comecemos por reconhecer o fato de que a solução revolucionária, entendida como a mudança súbita e radical do poder na sociedade, modelo ao mesmo tempo tão louvado e temido no mundo todo até há pouco, já não convence ninguém. É que esse tipo de ruptura brusca da ordem social só atinge a relação de poder, deixando de lado o outro fator estruturante das sociedades: a mentalidade coletiva. Foi o que se viu, de maneira dramática, com as revoluções bolchevique e maoísta, as quais deram origem aos regimes comunistas na Rússia e na China no século XX. Com a derrocada de ambos no último quartel do século, voltaram à tona, nos dois países, as velhas tradições culturais, doravante ligadas aos valores próprios do sistema capitalista, contra o qual foram feitas as revoluções.

Se quisermos, pois, mudar, de modo substancial e permanente, as instituições políticas, precisamos atuar no sentido de uma reeducação da mentalidade coletiva, com base em novos valores que a se adequem àquelas instituições. E tais valores são o oposto do individualismo privatista, próprio do sistema capitalista.

Ora, isto não se faz e nunca se fez da noite para o dia. Em geral, tem-se em matéria de revoluções, o modelo clássico, que é o da França no século XVIII. Mas o que se deixa na sombra, ao assim considerar, é o fato de que a preparação da Revolução Francesa principiou pelo menos dois séculos antes, com a mudança na visão de mundo, provocada pela Reforma Calvinista e a chamada Revolução Científica de Copérnico, Tycho Brahe e Kepler, seguidos por Galileu e Isaac Newton.
Por outro lado, importa não perder de vista que nada se resolverá, simplesmente atuando no nível político superficial, pela troca de governo ou a modificação de pontos particulares do sistema eleitoral, por exemplo.

O fundamental é iniciar, desde logo, o longo processo de mudança política no nível mais profundo; isto é, no que diz respeito aos detentores efetivos do poder supremo e ao caráter da mentalidade coletiva dominante. Sem essas mudanças de base, jamais estaremos em condições de fazer vigorar entre nós os princípios políticos fundamentais da República, da Democracia e do Estado de Direito.

Mas qual a melhor estratégia para tanto?
Creio que ela consiste em principiar pela criação de um grupo coeso e dinâmico, composto de um lado por agentes políticos e de outro por atores da sociedade civil, dispostos a dar início a esse processo de mudança.

Quanto aos agentes políticos, penso sobretudo na formação de um núcleo suprapartidário de parlamentares federais, pois as grandes reformas institucionais hão de ser feitas no nível constitucional e legislativo.

No campo da sociedade civil, parece-me indispensável, por tudo o que ficou dito acima, obter o apoio da classe industrial brasileira, particularmente prejudicada pela atual supremacia incontrastável do capital financeiro. O revigoramento da indústria nacional dará, incontestavelmente, novo alento à nossa economia e poderá iniciar a retomada do processo de crescimento econômico. Poder-se-ia começar, por exemplo, nesse setor, pela proposta legislativa de conteúdo local mínimo para todo o setor industrial instalado em nosso país.

Ainda no campo da sociedade civil, é indispensável que o núcleo de parlamentares federais, acima referido, tenha o apoio constante e criativo de especialistas nas principais áreas: direito, economia, finanças públicas, educação, saúde etc.

As propostas pontuais de mudança deveriam, a meu ver, visar à abertura de fendas na muralha oligárquica, tanto no nível da relação de poder, quanto no da mentalidade coletiva.

Poder-se-ia, assim, pensar prioritariamente em projetos de lei – ou, se possível, em emendas constitucionais –, tendo por objetivo criar instrumentos de democracia direta ou participativa.

Ainda prioritariamente, deve-se iniciar a correção da profunda desigualdade tributária vigorante entre nós, principiando, por exemplo, pelo imposto sobre grandes fortunas, instituído pela Constituição e que aguarda regulação legal desde 1988. Na mesma linha de combate à desigualdade social, é de primordial importância preservar as políticas de educação e saúde de cortes orçamentários, em todas as unidades da federação.

Já no que diz respeito à formação cívica da mentalidade coletiva, cuidado especial deve ser dirigido ao setor de comunicação social, notadamente ao rádio e à televisão. No Brasil, como apontado até mesmo pela UNESCO em relatório de 2010, o setor acha-se submetido há dezenas de anos ao controle oligopolístico de empresas privadas e políticos profissionais, de acordo com o nosso tradicional modelo de oligarquia binária.

Em razão disso, desde a promulgação da Carta Constitucional em vigor, ou seja, há mais de um quarto de século, normas fundamentais que regem a matéria aguardam regulamentação legal para serem aplicadas. Assim é com a proibição do monopólio e do oligopólio, direto ou indireto de todos os meios de comunicação social (art. 220, § 5º). Assim é, da mesma forma, com a norma de preferência, na produção e programação das emissoras de rádio e televisão, a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas (art. 221, inciso I). Em 2011, um partido político e uma confederação nacional de trabalhadores ingressaram, a esse respeito, com ações de inconstitucionalidade por omissão perante o Supremo Tribunal Federal. Acontece que, encerrada a instrução desses processos e já com parecer parcialmente favorável da Procuradoria-Geral da República, os autos permanecem conclusos com a Ministra Relatora desde maio de 2012, numa clara ilustração da vacuidade, entre nós, do princípio do Estado de Direito.

Estas são as ideias e as propostas que me parece urgente e indispensável examinar, neste momento de grande perigo para o futuro do Povo Brasileiro e do nosso País.

12 de agosto de 2015.
 

TUX4You - "O conhecimento pertence à humanidade"

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Simone Ishibashi: As mulheres na luta pelas ideias revolucionárias

 * via amigo Wilson L. Silva através do Facebook
http://www.diarioliberdade.org/brasil/mulher-e-lgbt/57589-simone-ishibashi-as-mulheres-na-luta-pelas-ideias-revolucion%C3%A1rias.html#.VeOfZVY0rP0.facebook

  
Brasil - Esquerda Diário - Na reta final para o Encontro de Mulheres e LGBT do Pão e Rosas entrevistamos Simone Ishibashi, socióloga e editora da revista Estratégia Internacional Brasil, e Flávia Ferreira, economista e editora do Esquerda Diário sobre a importância das mulheres no debate de ideias no movimento revolucionário.

ED: Qual é a importância das mulheres no desenvolvimento do marxismo revolucionário?
Simone Ishibashi: As mulheres sempre cumpriram um papel fundamental para a existência e o desenvolvimento do marxismo revolucionário. Por representar metade da humanidade e viverem sob uma situação de opressão, as mulheres sempre foram dedicadas combatentes à causa da emancipação de si mesmas e da classe trabalhadora. Muitas dedicaram-se à elaboração dos temas relacionados à questão das mulheres, como a alemã Clara Zetkin, cujos diálogos sobre isso com Lênin são célebres. Ajudaram a prover o movimento comunista internacional de estratégia e programa para responder a necessidade de acabar com sua condição de opressão, que somada à exploração capitalista sentida pelas trabalhadoras e mulheres pobres pesam como uma dupla cadeia. Teorizaram profundamente sobre a ligação da luta pela emancipação feminina com a luta pela tomada do poder pelo proletariado, demonstrando serem esses combates indissociáveis.
Além disso, houve mulheres intelectuais e dirigentes partidárias de imensa envergadura. Rosa Luxemburgo, por exemplo, deixou como legado uma série de reflexões sobre economia, as contradições do capitalismo, e elaborou sobre praticamente todos os principais problemas da revolução internacional. Para além de quaisquer equívocos que possa ter cometido nesse terreno, foi uma revolucionária imensa, cuja agudeza de percepção permitiu-lhe dar-se conta, antes mesmo que Lênin, da degeneração sem volta de Karl Kautsky e sua ala no interior do partido socialdemocrata alemão.
E há muitas outras, menos conhecidas, mas que possuem uma trajetória exemplar pela sua força revolucionária, como Pen Pi Lan, trotskista chinesa, que militou incansavelmente ao lado de seu companheiro Peng Shu-tsé. Enfrentaram todos os tipos de adversidades, correndo risco de vida, perseguição, e isolamento na China dos anos 1920, enquanto o stalinismo com sua orientação criminosa de que o PC chinês entrasse no partido nacionalista-burguês Kuomintag, auxiliava na derrota da revolução chinesa de 1925. O combate de Pen Pi Lan é uma inspiração ideológica extremamente valiosa. Algumas dessas trajetórias são retomadas no livro Lutadoras publicado pela Editora Iskra, no esforço de tornar vivos esses exemplos pouco difundidos. Todas elas foram exemplos de que as mulheres devem ser sujeitos da elaboração da estratégia e política global do movimento comunista revolucionário. 

ED: E hoje em meio à crise econômica, qual é a perspectiva para as mulheres?
Flávia Ferreira: A tendência é que essas estejam entre os setores que mais sofrerão com a crise econômica. Além da disparidade salarial que sempre existiu e que faz com que as mulheres ganhem apenas 76% dos salários pagos aos homens pelo mesmo trabalho, os dados do PNAD/IBGE mostram que com a crise a tendência posta é que a taxa de desemprego seja maior entre as mulheres em todas as regiões do Brasil. A desigualdade de oportunidades por conta do machismo, torna desigual a inserção das mulheres no mercado de trabalho até hoje. Em muitos lugares no país a falta de acesso a creches gratuitas em período integral e próxima aos lares é um impeditivo para mães trabalharem.
Com o aumento do custo de vida, maior dificuldade para encontrar emprego ao mesmo tempo em que dívidas se acumulam, muitas famílias, inclusive lideradas por mulheres, aumentam sua procurar por emprego e, consequentemente, por serviços como creches, escolas integrais e de qualidade que passam a ser cada vez mais fundamentais para que se tenham as condições para as mulheres, mães solteiras e jovens procurarem e se dedicarem a um emprego e aos estudos. Mas ao mesmo tempo, há precarização, ou mesmo inexistência, desses serviços, o que termina deixando as mulheres numa situação ainda pior. Há cortes nos gastos sociais, na educação, e toda essa política prejudica ainda mais as mulheres.
Por isso, é muito importante que as mulheres se organizem de maneira independente do governo e demais partidos da burguesia, e possam adotar uma perspectiva claramente anticapitalista, pois a resolução efetiva de suas demandas só poderá vir por essa via. Também é fundamental que as mulheres possam teorizar e elaborar sobre esses problemas de uma perspectiva marxista, desmascarando a demagogia de que com mulheres presidentes que não tocam nenhuma base do Estado capitalista, pelo contrário as mantém, se pode resolver nossas demandas.

ED: Qual a expectativa de vocês em relação ao Encontro de Mulheres e LGBT do Pão e Rosas?
Flávia Ferreira: Esse será um momento essencial para debatermos e nos organizarmos pelas nossas demandas. E também para refletirmos sobre o papel estratégico das mulheres na luta revolucionária, de modo que possamos avançar na perspectiva de responder aos grandes desafios que se anunciam, sendo sujeitos da construção de uma alternativa política independente.
Simone Ishibashi: Além de todas as companheiras trabalhadoras, jovens, e LGBTs será muito importante também a presença de Andrea D’Atri, autora do livro Pão e Rosas e fundadora dessa agrupação na Argentina, e de Myriam Bregman, candidata a vice-presidente pelo PTS na FIT que refletirão essa importante concretização da necessidade de colocar as mulheres como sujeito político dessa perspectiva anticapitalista. Creio que o debate de ideias que advirá disso será riquíssimo, e nos permitirá avançar muito em nossa organização e na luta de ideias que temos pela frente.

HUMANOS - DOCUMENTÁRIO - SOBRE TRANSGÊNEROS E A QUESTÃO DO SER

*enviado pelo psiquiatra Zé Jabur, através do Facebook.
https://www.youtube.com/watch?v=8ltQ567-j9M


Publicado em 31 de jul de 2014
HUMANOS (2013) - Documentário sobre a formação da (auto)imagem de pessoas transgênero criado por Camila Avanço, Lucas Amorim e Rita Groch, para o TCC da Pós-Graduação em Fotografia e Imagem em Movimento da Universidade Positivo, de Curitiba.
Participação: Bruno Miranda, João W. Nery, Laysa Carolina Machado, Leonarda Glück, Leticia Lanz, Tamíris Spinelli e Vivian Fróes.

Curta nossa página no Facebook: https://www.facebook.com/projetohumanos

  • Música "Suite Bergamasque: Clair de Lune. Andante Très Expressif" por Walter Gieseking (Google PlayeMusiciTunes)


E SE OS CARROS FOSSEM DAS CIDADES E NÃO DAS PESSOAS?

https://www.facebook.com/InternetocraciaBrasil/photos/a.283977441693082.64614.283922491698577/870891659668321/?type=1

Baseado em uma intervenção no evento: [Roda de conversa sobre Nova Economia coordenada por Lala Deheinzelin] Com: Alan Dubner Rosa Alegria
http://umanovaformadepensar.com.br/creditos:
Fabio Queiroz Fernando Santucci Graciela Kunrath Lima Gustavo Canto José Roberto Sousa Juliano Guimaraes Hofliger Michael Marques Rodrigo Solera



Marcas alemãs querem globalizar moda local do carro compartilhado - Elisabeth Behrmann - Da Bloomberg 11/08/2015

----------- Em vez de pagar 35 mil euros em um modelo de luxo de entrada, jovens alemães preferem gastar 20 euros para alugando o mesmo carro de uma frota compartilhada. -----------
Se tivesse que comprar apenas um carro para sua família (mulher e dois filhos pequenos), Oliver Kienzler, arquiteto de Hamburgo (Alemanha) escolheria uma perua da Skoda Octavia Scout. Em vez disso, ele preferiu seguir a tendência de vários motoristas jovens do país e apostar em um serviço de compartilhamento de carros.
Funciona assim: o motorista paga uma taxa de inscrição, mais taxas por minuto ou quilômetro rodado, e tem acesso a uma vasta frota de carros para rodar, quando quiser, sem precisar ou quiser, sem ter de arcar com despesas de seguro, estacionamento ou manutenção.
"É bobagem usar carro próprio. Traz mais dores de cabeça do que soluções", dz Kienzler.
Basta fazer as contas: se fosse comprar um Octavia Scout, o arquiteto pagaria 30.250 euros (R$ 115.000), com prestações mensais na faixa de 230 euros, incluindo seguro. No entanto, ele pode fazer uma viagem de 15 minutos a bordo de um BMW X1 pagando apenas 5,10 euros (R$ 20), Já um passeio de quatro horas em uma van Volkswagen Caddy custaria 15 euros (R$ 58).
-- Reportagem completa: http://carros.uol.com.br/…/marcas-alemas-querem-globalizar-…
-- Baseado em uma intervenção no evento: [Roda de conversa sobre Nova Economia coordenada por Lala Deheinzelin] -
[https://www.facebook.com/events/420207714853297/]

Gravação do evento disponível em:
Virada Sustentável SP - [http://postv.org/post/127862078487]
(à partir de 1:27:00 (antes Debate sobre Crise Hídrica com www.aguasp.com.br))
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Ver também:
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[1] segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
Carros sem motoristas [[compartilhados e, portanto, em constante circulação]] podem ser parte da solução para os congestionamentos, falta de espaços para rodar e estacionar, poluição e redução de acidentes nas grandes metrópoles

http://mobilidadeurbana-prosperoclaudio.blogspot.com.br/2015/01/carros-sem-motoristas-compartilhados-e.html
[2] "Por exemplo, hoje existem mais de um bilhão de automóveis no mundo. [701] A partir de uma visão estreita, a ideia de uma "abundância" de automóveis talvez implique, com base na atual estrutura orientada para a propriedade, que cada ser humano no planeta deve, então, possuir um automóvel particular. Sem rodeios, essa é a perspectiva errada e uma conseqüência de um condicionamento não sinérgico, que é comum no reforço do sistema de mercado da propriedade como valor. Do ponto de vista da eficiência e da sustentabilidade é extremamente dispendioso utilizar "um automóvel por pessoa", devido ao fato de que uma pessoa realmente dirige, em média, apenas cerca de 5% do tempo. O restante do tempo, o automóvel fica em estacionamentos, calçadas e afins."
13. TENDÊNCIAS PÓS-ESCASSEZ, CAPACIDADE E EFICIÊNCIA
----------- Do livro online:
O MOVIMENTO ZEITGEIST: UMA NOVA FORMA DE PENSAR
http://umanovaformadepensar.com.br/tendencias_pos_escassez_capacidade_e_eficiencia
[3] Sobre o DESEMPREGO CAUSADO PELO DESMONTE DA CADEIA PRODUTIVA AUTOMOBILÍSTICA decorrente de:
"Essa é uma
<<< diminuição de 83% na produção de automóveis para atender às necessidades de todos os americanos >>>
(um aumento de 32,4% no uso, ou acesso, baseado na população total), em teoria."

--- Expressa a ATUAL INVIABILIDADE do Sistema de Mercado baseado em [Consumo Infinitamente Crescente] x [Capacidades Limitadas dos recursos do Planeta] e [Estímulos Intrínsecos à Automação do Sistema]:
"(1) Dado que a economia de mercado requer consumo a fim de manter demanda para emprego humano e promover crescimento econômico, existe um incentivo estrutural para reduzir o uso de recursos, a perda de biodiversidade, a emissão global de poluição e contribuir para a crescente necessidade de melhorar a sustentabilidade ecológica no mundo atualmente?"
"(2) Em um sistema econômico em que as empresas procuram limitar seus custos de produção a fim de maximizar lucros e permanecer competitivas contra outros produtores, qual é o incentivo estrutural existente para manter os seres humanos empregados, no despertar de uma condição tecnológica emergente, onde a maioria dos trabalhos podem ser realizados de forma mais barata e eficaz através da automação?"
--- Para saber mais: domingo, 18 de janeiro de 2015
3 questões que possivelmente sintetizam a fragilidade da Economia de Mercado Capitalista, e que impossibilitariam este modelo de prosseguir indefinidamente. Você concorda com elas?

http://reflexeseconmicas.blogspot.com.br/2015/01/3-questoes-que-possivelmente-sintetizam.html
Bibliografia:
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Rifkin, Jeremy - 2.000 - A Era do Acesso
A Era do Acesso aborda a economia hipercapitalista em que comprar e ter propriedades serão coisas do passado. O acesso just-in-time de bens e serviços é a tendência do futuro. Cada vez mais pagaremos para utilizar coisas em vez de sermos os proprietários. Rifkin alega que o capitalismo está terminando e, no futuro, iremos pagar pelo acesso a bens e serviços, tais como, informações, entretenimento, hardware, eletrônicos, utensílios e tudo o que pudermos imaginar. Rifkin adverte que quando a cultura em si é absorvida pela economia apenas os vínculos comerciais restarão para manter a sociedade unida.

http://www.saraiva.com.br/a-era-do-acesso-452426.html
Rifkin, Jeremy - 2.015 - Sociedade Com Custo Marginal Zero
Em Sociedade com custo marginal zero, Jeremy Rifkin argumenta que a era do capitalismo está saindo lentamente do palco mundial. O surgimento da Internet das Coisas tem levado à ascensão de um novo sistema econômico – os bens comuns colaborativos – que está transformando nosso modo de vida.
Neste livro, Rifkin explica como a Internet das Comunicações, da Energia e dos Transportes está convergindo para criar uma rede neural global, conectando tudo a todos na Internet das Coisas. Essa estrutura inteligente e indissolúvel do século XXI tem acelerado a produtividade e reduzido o custo marginal de produzir e distribuir unidades adicionais de bens e serviços – descontados os custos fixos – a praticamente zero, tornando-os essencialmente gratuitos.
Como resultado, o lucro corporativo começa a secar, os direitos de propriedade perdem força e a noção convencional de escassez econômica dá lugar à possibilidade de abundância à medida que setores inteiros da economia ingressam na web com custo marginal zero. O desafio é garantir a segurança dos dados e a proteção do sigilo pessoal em um mundo aberto, transparente e conectado globalmente.
http://www.saraiva.com.br/sociedade-com-custo-marginal-zero-8994146.html
Deheinzelin,Lala e colab. - 2.012 - Livro Desejável Mundo Novo: Vida Sustentável, Diversa e Criativa em 2042 -
http://comunidade.criefuturos.com/livro-desejavel-mundo-novo-vida-sustentavel-diversa-e-criativa

*via Claudio Estevam Próspero 
https://www.facebook.com/claudio.estevamprospero/posts/10204999042236445?comment_id=10204999859976888



MÍDIA (TV) E ALIMENTAÇÃO - ÓRGÃOS REGULATÓRIOS

 *esta frase de Deleuze é demais:
 *sempre lembro da história do penico de minha prima. Ela era pequena e ganhou um penico. Logo ela começou a brincar com o penico, era de alumínio, até jogá-lo pra cima, amassá-lo, mas menos usá-lo para a finalidade a que se destina um penico, e só bem depois aprendeu a usá-lo. Assim somos nós até depois de crescermos, usamos a Internet assim como fazia minha prima com o penico. Quando será que a maior parte de nós vai resolver utilizar a Internet como se deve e como se pode para colaborar com todos?


Brasil está hiper atrasado em matéria de órgãos regulatórios. A presidenta em sua campanha propôs algo neste sentido http://www.pt.org.br/dilma-ira-discutir-regulacao-da-midia-no-segundo-mandato/ , mas até agora... o que precisamos é  nos mobilizarmos, senão, nada acontecerá.

http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2723:catid=28&Itemid=23

*médico rebate matéria veiculada pela Rede Globo no dia 18 de agosto de 2015:
https://www.facebook.com/drcacciari/photos/a.1627232434157869.1073741828.1616002881947491/1651100735104372/?type=1

A questão da tv brasileira e da alimentação cheia de problemas e de injustiças,
atreladas ao grande capital, deixam invisíveis ao povo, questões hiper relevantes, vitais, e que nos atingem diretamente, só poderão começar a serem resolvidos se o povo estiver informado de verdade e pra isto, coisas como estas precisam acabar :  http://revistaforum.com.br/digital/146/democratizacao-das-midias-e-uma-outra-comunicacao-possivel/

Informação é tudo para um povo que não tem a educação formal que merece, inclusive a educação no Brasil, país continental, que na minha opinião só irá melhorar quando as emissoras de rádio e tv forem democratizadas de verdade!

É preciso nos reunirmos, criarmos espaços de debates sobre como  iniciar estes tais órgão regulatórios da mídia e da alimentação,(e tantos quanto forem surgindo, populares e livres)  porque continuar sem fazer nada perante problemas graves de alimentos envenenados, não me parece algo de gente que estudou, que se formou em universidades e que faz parte de um grupo seleto da Internet brasileira e que poderia muito bem tomar iniciativas para começar a fazer algo.

Mas porque as pessoas privilegiadas que usam a Internet há anos não fazem algo para cooperar com a maioria do povo brasileiro que ainda está excluido de muitas coisas? inclusive de tomar conhecimento de coisas primárias que prejudicam sua saúde?  e não se organizam para enfrentar esta meia dúzia de famílias brasileiras que sentem-se donas deste quarto poder (a mídia) e com o consentimento dos outros 3 poderes, enganam diariamente este povo carente daquilo que eles nunca poderiam ser carentes, direitos, boa informação e etc. 
Os priveligiados da Internet precisam fazer alguma coisa, proponho que advogados, médicos, biólogos, publicitários, jornalistas, professores, engenheiros, enfim de todas as áreas, cada um  comece a pensar em possíveis mobilizações, reuniões, debates...

A regulação da mídia feita pelo povo, não tem nada a ver com censura, trata-se de se opor a coisas absurdas que são veiculadas nas emissoras de tv e rádio, trata-se de fazer uma oposição, porque nada neste mundo pode deixar de ter algo que se oponha pra que possa ser útil para todos.

Trata-se de injustiça e egoismo daqueles que podem fazer algo pela maioria e não fazem. Cada um pode cooperar com aquilo que tem capacidade de fazer e melhorar a vida de todos, nenhum governo pode ir em frente se as pessoas com alguma formação se alienam e deixam de cooperar, negam o que uma pessoa possa ter pra ser chamada de pessoa.

Nadia Gal Stabile - 31 08 2015

* o exemplo deste médico que  se opôs a matéria do óleo de coco, da Rede Globo, é só uma amostra para nos fazer acordar sobre toda a informação nula ou enganosa a que estamos submetidos e deixamos milhões de pessoas serem submetidas sobre por exemplo, o envenenamento de nossos alimentos e de nossa água, ou da falta dela... enfim, muito o que resolver, muito o que fazer!


https://www.google.com.br/search?q=%C3%B3rg%C3%A3o+regulat%C3%B3rio+m%C3%ADdia+brasileira&gws_rd=cr,ssl&ei=epPkVdK-GIumwASJzqTYDw#q=%C3%B3rg%C3%A3o+regulat%C3%B3rio+m%C3%ADdia+brasileira&safe=off&tbs=qdr:m



IBGE - CURSO GRATUITO - Especialização Lato Sensu em Análise Ambiental e Gestão do Território

https://twitter.com/ibgecomunica/status/638335538848788480?t=1&cn=ZmxleGlibGVfcmVjc18y&sig=d036b29f03696738a8310df694463d852b8512be&al=1&refsrc=email&iid=324bf63c707c492fa46771e0692006c0&autoactions=1441044159&uid=52625350&nid=244+1489

Ence abre inscrições para Especialização

Entre os dias 01 de setembro e 30 de outubro de 2015, estarão abertas as inscrições do processo seletivo para até 30 vagas do curso de Especialização Lato Sensu em Análise Ambiental e Gestão do Território, oferecido pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence). O edital já está disponível neste link.

O processo seletivo possui três fases de caráter eliminatório: